Ducati revela o motor da 1199 Panigale

Já falta pouco para o mundo das duas rodas ficar a conhecer em definitivo e na sua totalidade a nova superdesportiva da Ducati, a 1199 Panigale. Aproveitando ao máximo a exposição mediática que este modelo está a ter ao longo dos últimos meses, a marca de Borgo Panigale decidiu revelar alguns aspectos técnicos do novo bicilíndrico denominado de “Superquadro”.

Aos engenheiros da Ducati foi pedido que tornassem em realidade os desejos “impossíveis” dos responsáveis da marca: aumentar a potência até valores inéditos para um bicilíndrico deste tipo, melhorar a facilidade de utilização da mesma, diminuir o peso do conjunto e, como se isto não fosse suficiente, diminuir os custos de manutenção da nova 1199 Panigale.

Lendo o “press-release” que a Ducati acaba de divulgar, os engenheiros italianos estão de parabéns, pois para além de ficar confirmado que a nova 1199 Panigale disponibilizará 195 cv, as alterações efectuadas nos dois cilindros permitem que este modelo consiga atingir essa potência máxima às 10.750 rpm. Algumas tecnologias mantêm-se de acordo com a tradição, como o uso do sistema Desmodrómico, enquanto pela primeira vez numa moto de estrada “normal”, a Ducati irá utilizar um cárter igual ao da Desmosedici D16RR, com casquilhos em bronze, algo que era exclusivo da réplica da moto de MotoGP para a estrada.

Para facilitar a utilização de todas as potencialidades oferecidas pelo motor Superquadro, a Ducati inclui de série um conjunto variado de mapas de motor, de forma a permitir ao condutor adaptar a potência aos diferentes estilos e condições de condução.





As novas técnicas de construção do motor, em conjunto com outras alterações que serão devidamente identificadas quando a 1199 Panigale for apresentada em Novembro, como a fundição por pressão em vácuo, permitem diminuir o peso do conjunto para valores que ainda não foram anunciados mas que, como a MOTOCICLISMO já adiantou anteriormente, devem fazer a moto ficar perto dos 180 kg… a cheio!

Devido à necessidade de controlar as válvulas totalmente fabricadas em titânio e de maiores dimensões com o sistema Desmodrómico de elevada precisão, os engenheiros tiveram de substituir o habitual sistema de transmissão por correia dentada, por um sistema misto de corrente e engrenagens.







Esta solução permite aproveitar de forma mais eficaz a transmissão do movimento entre a cambota e as árvores de cames e, graças à regulação automática da tensão, garantem assim a fiabilidade constante do sistema, ao mesmo tempo que reduzem os custos de manutenção. Aliás, é precisamente neste particular que a Ducati quer fazer a diferença, anunciando que o seu novo motor é capaz de aguentar 24.000 km antes de ter de visitar a oficina para as operações de manutenção.






Fonte:Motociclismo