Novas regras para o Mundial de Superbike 2014

A Comissão de Superbike, após reunião realizada há pouco mais de uma semana em Valencia, decidiu implementar novas regras, com efeito imediato, no Mundial de Superbike, para além de modificar o formato de qualificação para cada ronda deste campeonato.

Algumas das novas regras visam não só reduzir custos para as equipas, como também permitem às equipas mais pequenas usufruírem de uma maior exposição mediática ao aparecerem nas transmissões televisivas- alterações ao formato das Qualificações de Superbike -, enquanto a introdução dos controversos “pontos de penalização” já existentes em MotoGP visam criar uma maior homogeneidade entre os dois campeonatos.

Quanto às alterações ao formato atual da Qualificação nas SBK, denominada de “Superpole” (dividida em três etapas) e onde os pilotos mais lentos vão sendo eliminados conforme as etapas vão passando, a partir de 2014 a situação será muito semelhante ao que acontece em MotoGP: os pilotos mais rápidos nos treinos livres têm acesso garantido à segunda, e decisiva, sessão de qualificação, enquanto os mais lentos têm ainda uma primeira sessão de qualificação para tentarem passar à segunda.

Os objetivos para esta alteração são o facto de assim as equipas que habitualmente se qualificam mais abaixo na ordem da grelha de partida, usufruírem de uma maior exposição mediática. Além disso, com a “unificação” dos formatos de qualificação entre as MotoGP e as SBK, fica mais simples para um espetador casual perceber aquilo que está a ver na sua televisão, o que ajuda a atrair mais espetadores.

A outra alteração importante que foi decidida nesta reunião em Valencia é o facto do Mundial de Superbike, tanto para a categoria principal como para as Supersport, introduzir o sistema de “pontos de penalização” atualmente em vigor em MotoGP.

Além de os pilotos dos dois campeonatos passarem a ser controlados através de um único “guião”, que define claramente aquilo que é apenas um incidente de corrida e aquilo que ultrapassa o espírito da competição, a Comissão de Superbike revelou também que este sistema de penalizações sofre alteração em 2014.

Ao invés do que acontece atualmente, onde um piloto vê o seu cadastro limpo assim que termina a temporada desportiva, com os pontos de penalização a não passarem para o ano seguinte, a partir de 2014 os pontos têm a validade de 12 meses, o que significa que podem passar de uma temporada para a outra. Assim fica também resolvido o problema dos pilotos que sofrem penalizações na última corrida da temporada, pois na prática não iriam sofrer qualquer consequência pois no início da temporada seguinte o cadastro estava limpo.

Veja em baixo as alterações e novas regras para o Mundial de Superbike 2014, embora a 10 de dezembro a Comissão de Superbike se reúna novamente, em Madrid, para finalizar os detalhes destas alterações

- Restrições a testes realizados pelas equipas e respetivos pilotos sob contrato;
- Duração e horário dos treinos serão alterados, inspirando-se no atual formato de MotoGP, onde um determinado número de pilotos passa diretamente à “Qualificação 2”;
- Alteração ao processo de recomeço da corrida (2ª partida) em caso de bandeira vermelha, sendo o processo mais rápido para que a abertura do “pit lane” não seja tão demorada;
- As corridas das categorias Superbike e Supersport serão reduzidas numa distância equivalente a duas voltas completas em caso de chuva;
- No domingo, a janela em que devem ser realizadas as corridas de Superbike, Supersport e Superstock 1000 é reduzida, sendo agora das 10h30m até às 14h30m;
- Introdução de um sistema de pontos de penalização aos pilotos, pontos que terão a validade de um ano civil (12 meses). Esta regra será aplicada a todos os campeonatos sob a égide da Federação Internacional de Motociclismo.

Na reunião de Madrid, no início de dezembro, as regras serão totalmente definidas e anunciadas publicamente no website da FIM. De acordo com as intenções das várias entidades e equipas com interesses no Mundial de Superbike, as alterações às regras deverão ter um efeito prolongado no tempo, ou seja, tendo em conta que a competição necessita de estabilidade, as novas regras serão válidas por mais do que uma temporada sem ser alteradas.

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