MotoGP: Simoncelli e Dovizioso de partida

Apesar da equipa de fábrica da Honda em MotoGP estar a ter um ano de grandes resultados, traduzido no domínio que Casey Stoner tem tido sobre os seus adversários, Shuhei Nakamoto, vice-presidente da Honda Racing Corporation (HRC), já afirmou que para 2012 a marca irá ter menos fundos para investir na categoria rainha.

O que Nakamoto quis na realidade dizer é que, em 2012 a HRC não irá ter meios para manter em pista quatro motos de fábrica como acontece actualmente. Três motos da Honda Repsol e ainda uma da equipa Honda Gresini.

O resultado imediato desta declaração de intenções da HRC é que, os dois pilotos que terminam os seus contratos no final deste ano, Marco Simoncelli e Andrea Dovizioso, já deram ordens aos seus empresários para procurarem novas equipas, embora a situação entre eles seja um pouco diferente.

Quanto a Simoncelli, a HRC não estará disposta a prescindir dos serviços do irreverente italiano que, apesar de contar com material de fábrica tem de competir numa equipa privada, com todas as vantagens e desvantagens que isso tem. SuperSic tem produzido exibições brilhantes durante algumas sessões de qualificação para cada GP, mas tarda em revelar uma consistência em pista que o leve a lutar regularmente por posições no pódio e até, por vitórias.

Carlo Pernat, empresário de Simoncelli já confirmou que dirigiu ao HRC um “ultimato” e que “estamos à espera da proposta da Honda. Pedimos uma proposta final no GP de Brno. O Marco pretende permanecer com a Honda mas se a Ducati aparecer com uma proposta, então teremos de pensar”, aludindo a alguns rumores que dão conta que os responsáveis da Ducati pretendem negociar a entrada de Simoncelli na estrutura de Borgo Panigale.

Já Andrea Dovizioso tem muito menos hipóteses (talvez até nenhumas) de permanecer com material de fábrica, isto apesar de estar a ter o seu melhor ano de sempre em MotoGP.

Dovizioso estará muito perto de ser anunciado como novo piloto da equipa Honda LCR e, quem o confirma é o próprio director de equipa, Lucio Checchinello, que no entanto, revela alguns problemas relativos ao apoio que a equipa pode dar ao piloto

“É uma operação complicada porque o Andrea tem tido o apoio de fábrica e está numa equipa de fábrica. É óbvio que quer manter esse apoio e necessita de uma estrutura muito maior do que aquela que temos neste momento. É uma situação que estamos a negociar com os nossos patrocinadores e veremos o que podemos fazer. Mas estamos totalmente decididos a tornar isto numa realidade.”





Fonte:Motociclismo