Miguel Oliveira termina temporada de 2011

A equipa pela qual Miguel Oliveira corria – o Team Machado -, rescindiu unilateralmente o contrato que a ligava ao piloto até ao final da época de 2012. A referida rescisão colheu o piloto de surpresa, uma vez que sempre cumpriu integralmente o contrato assinado e em termos desportivos sempre deu o seu melhor.

Miguel Oliveira explicou com alguma surpresa o desfecho inesperado da sua época desportiva no Mundial de 125:"Este fim-de-semana senti que algo de estranho se passava. Na quinta-feira à tarde ainda não tinha recebido da equipa o plano de viagem, o que fez com que tivesse de viajar de carro até ao circuito de Aragón, para poder chegar a tempo. Os meus técnicos estranharam eu só ter chegado ao circuito pela manhã de 6ª-feira, mas nada fazia prever que nesse mesmo dia já me havia sido enviada, por carta, a rescisão do meu contrato, sem que nenhum dos responsáveis do Team Machado me tivesse dito alguma coisa.
Aproveito para agradecer aos meus patrocinadores pessoais, aos meus técnicos e aos meus fãs, que sempre deram o seu apoio, bem como ao Team Machado pela oportunidade de me deu, de poder ser o 1º português a participar neste campeonato".

Embora já tenham chegado propostas doutras equipas para terminar esta temporada, as condições técnicas não dão garantias suficientes de ter uma participação competitiva. Assim sendo, o piloto e o seu responsável decidiram colocar um ponto final a esta temporada, deixando em aberto a possibilidade de aceitar alguma das propostas recebidas para a próxima época.



Fonte:Motociclismo

A notícia da noite de ontem ainda está fresca na nossa memória: Miguel Oliveira está fora do Mundial de Velocidade até final da temporada, tendo a equipa Team Machado rescindido o contrato com o jovem português de forma unilateral.

Prontamente, Miguel Oliveira confirmou o incómodo com a situação e revelou a sua surpresa – conforme pode ler na notícia de ontem, 21 de Setembro. Agora, é a vez da ex-equipa do Miguel Oliveira, o Team Machado, “contra-atacar” com um comunicado em que confessa ter avisado os responsáveis pela carreira do piloto de várias irregularidades ao longo da temporada, sendo a mais grave o “desprestigiar” o trabalho da equipa em público.

Aqui fica o comunicado do Team Machado e as palavras do seu responsável Pedro Machado, que contrastam com o que se sabia até agora, dizendo que a decisão foi tomada pelos responsáveis pela carreira do piloto e não ao contrário como se pensava até agora

“A equipa dirigida por Pedro Machado não poderá contar com Miguel Oliveira nas últimas corridas da presente temporada. As pessoas encarregadas pela gestão desportiva do piloto decidiram terminar com o contrato que as unia à equipa. A estrutura andaluza, que desejava continuar com o piloto português, lamenta a decisão e agradece ao Miguel o grande trabalho realizado ao longo dos dois anos em que trabalharam juntos.

A equipa Andalucia – Banca Cívica lamenta ter de comunicar a rescisão de Miguel Oliveira, que no GP do Japão e corridas seguintes não irá participar como membro da equipa.

Esta situação é consequência do incumprimento do contrato por parte dos responsáveis do piloto que, depois de terem sido avisados em várias ocasiões das irregularidades cometidas, tomaram a decisão de não respeitar os acordos firmados no contrato e colocaram fim à relação profissional que unia o piloto à equipa.

A vontade da equipa sempre foi de continuar com o Miguel Oliveira, um piloto que demonstrou uma grande qualidade como desportista e ainda mais como pessoa. Cada um dos membros da equipa lamenta a decisão tomada e deseja ao Miguel um promissor futuro desportivo”.

Já Pedro Machado alinha pelo mesmo raciocínio e reafirma que a decisão final foi colocada nas mãos do piloto e seus responsáveis

“Esta é uma triste notícia que tentei evitar por todos os meios. Tentámos chegar a um ponto de equilíbrio com as pessoas que dirigem a carreira desportiva do Miguel, mas não quiseram respeitar os acordos inscritos no contrato. Chegaram a desprestigiar publicamente o trabalho da equipa, algo que, como responsável pela estrutura não posso tolerar, mais ainda quando tiveram o melhor material possível a todos os momentos e, a equipa trabalhou com ele sem descanso.

Ainda assim, a decisão final estava nas suas mãos, decidiram não cumprir o contrato e finalizaram a relação profissional que mantínhamos.

Quero agradecer em nome de toda a equipa o trabalho brilhante que o Miguel realizou ao longo dos últimos dois anos, desejamos-lhe o melhor e não descartamos que no futuro possamos voltar a unir os nossos caminhos”.

Quem terá a razão nesta situação não sabemos…

Mas a verdade é que o primeiro português envolvido a tempo inteiro no Mundial de Velocidade na categoria de 125 GP, termina a sua primeira experiência “mundialista” de forma abrupta e envolto em polémica. Resta esperar para saber o que o futuro reserva a Miguel Oliveira, um jovem que todos garantem ter um futuro brilhante à sua espera.





Fonte:Motociclismo

Esta noticia é muito má assim ficou sem pernas para andar

É a força do €€€€ sem ele nem o melhor do mundo anda de scooter.
É um mundo cão

Na sequência dos comunicados emitidos por Miguel Oliveira e pelo Team Machado, relativos ao término do contrato entre as duas partes, e dadas as contradições entre ambos os textos, cada um dos comunicados acusando a outra parte de haver terminado o contrato, enviámos ao responsável da equipa, Pedro Machado, e a Miguel Oliveira as mesmas questões, procurando esclarecer alguns pontos menos explícitos nos respectivos comunicados.

No entanto, o pai do jovem piloto, Paulo Oliveira, preferiu não adiantar mais nada sobre este tema, remetendo-nos para o comunicado oficial publicado no site do piloto.

Quanto ao responsável do Team Machado, seguem as suas respostas:

MOTOCICLISMO - O staff do Miguel Oliveira afirma que o Team Machado decidiu terminar o contrato “unilateralmente”, por carta e sem ser avisado de nada. Já o vosso comunicado diz que foram as pessoas responsáveis pela carreira do Miguel que decidiu pôr fim ao contrato, ao não cumprir os acordos previamente firmados. Trata-se de duas versões completamente distintas. O que me podes dizer quanto a isto, e que partes do acordo não foram cumpridas?

Pedro Machado – Sim, é certo que se enviou uma carta, mas não se tratava de uma rescisão unilateral, e sim da última advertência, desta vez por escrito, de que, caso não se cumprisse o acordado no contrato, num prazo de 24 horas, dar-se-ia por finalizada a relação entre piloto e equipa.
Para nós, a melhor situação era continuar com o Miguel, um piloto muito rápido e que já conhecemos, mas não fomos nós que tomámos a decisão final. Relativamente aos acordos que não se respeitaram, creio que é melhor que este tipo de detalhes fiquem entre nós, e torná-los públicos não seria correcto.

M. - De uma união feliz entre equipa e piloto ao longo de 2010 no CEV, e mesmo no início de 2011 no Mundial, passou-se – em questão de poucas corridas – a viver um ambiente que, julgo eu, não seria o melhor entre as duas partes. Quando e porquê começou a deteriorar-se a relação entre piloto e equipa? Teve que ver com declarações negativas e públicas sobre a equipa, expressas a alguns meios?

P.M. – O Miguel sempre foi um rapaz muito educado, muito correcto e muito centrado no seu trabalho, e, ainda que pareça o contrário, o ambiente não mudou muito. O seu trato com os mecânicos sempre foi muito bom, porque tanto o Miguel como a equipa souberam diferenciar as coisas e, nos momentos menos bons, trabalharam ainda mais para solucionar os problemas.
Creio que as pessoas em torno do Miguel puseram os seus objectivos muito altos e, em lugar de pensar que era um ano de aprendizagem, quiseram lograr os primeiros êxitos o mais cedo possível. Quando passaram algumas corridas e não chegaram os resultados que eles queriam, começaram a pensar que a culpa era da equipa. Em qualquer caso, a relação sempre foi boa, e não poderão dizer que não se sentiram como em casa.
O facto do Miguel ter falado mal da equipa foi algo que nos doeu muito a todos, mas pensamos que as coisas que disse nas revistas não são ideias suas, mas sim argumentos que alguém lhe disse.

M. – Pensas que o piloto tinha razão, quando dizia não ter o melhor material?

P.M. – Creio que não tem argumentos para dizer que o material que utilizamos não é o melhor. Somos equipa oficial Aprilia e temos o melhor da marca. Sempre montámos nas motos o melhor que tínhamos, e nunca nos poupámos a gastos neste aspecto. A nossa meta é sempre conseguir os melhores resultados, e para consegui-lo temos de estar muito bem preparados.
Por outro lado, o Miguel teve diferentes ofertas para chegar ao Mundial, mas ele tinha muito claro que queria estar connosco. Isto é sinal de que a nossa equipa lhe oferecia todas as garantias e a máxima confiança.



Fonte:Motociclismo