MotoGP: Suzuki está de volta... com um ''big bang''?

Os rumores que apontam para o regresso da Suzuki à categoria rainha do Mundial de Velocidade, MotoGP, a partir de 2014, já tinham sido confirmados pelo piloto de testes da marca, Nobuatsu Aoki, notícia que a MOTOCICLISMO deu conta na altura.



Agora, o protótipo da Suzuki foi visto pela primeira vez em teste no asfalto. O local escolhido pela marca foi o circuito de Sugo, Japão, e a única imagem que existe da moto – que ainda não se sabe se continuará a denominação GSV-R, foi divulgada pelo website americano Cycle World.

De acordo com o que se consegue perceber da imagem, o desenho do sistema de escape desta Suzuki para MotoGP, parece indicar que a configuração do motor passou de um V4 “screamer”, para um quatro em linha “big bang”, algo que tinha sido negado pelo responsável técnico para a competição da Suzuki ainda há algumas semanas atrás.

O sistema de escape de uma cambota convencional para um motor de quatro em linha, costuma terminar apenas numa saída de escape, enquanto na imagem podemos identificar dois tubos (cada um ligado a dois cilindros), indicando a presença de uma cambota de planos cruzados.

Assim sendo, e de acordo com relatos de pessoas presentes em Sugo, a sonoridade desta Suzuki aparenta a utilização de uma cambota de planos cruzados, algo retirado das “páginas técnicas” da Yamaha e da sua M1. Algumas fontes revelam que a moto até tem uma sonoridade igual à M1…

De acordo com o especialista e editor técnico da Cycle World, Kevin Cameron, que teve acesso a mais imagens, a inclinação do motor para a frente pode atingir os 30º e isso, em conjunto com a nova configuração do motor, deixaria mais espaço livre para a Suzuki na colocação do depósito de combustível atrás dos cilindros (local onde normalmente estariam os dois cilindros traseiros num V4), com a consequente melhoria na distribuição de peso deste protótipo em relação à anterior GSV-R com motor V4.

Para além dos normais testes ao motor do seu projeto para MotoGP, a Suzuki, aparentemente, terá deixado de trabalhar com os seus parceiros na eletrónica desde que começaram a competir no Mundial de Velocidade.

Até à altura do abandono, a Suzuki confiava a eletrónica da GSV-R à Mitsubishi, mas esse parceiro está ausente dos que continuam com a Suzuki nesta nova fase do seu programa desportivo na categoria rainha e que estão visíveis nas carenagens da nova moto: óleo Motul, correntes RK, velas NGK, pneus Bridgestone e sistema de telemetria 2D.